sábado, 24 de setembro de 2011

Quando o mundo aperta


Quando o mundo aperta, meus olhos se espremem
ainda mais fortes,
transparentes a qualquer sensação.
De forma que eu choro,
bem no centro da minha garganta.
E minhas paredes apertam.
Bem ou mal minhas paredes apertam.
Choro no centro da minha garganta.
Afinal, onde está sua mão pra eu descansar a voz?

terça-feira, 13 de setembro de 2011

Sem título

















Formigas me arranham por baixo da pele.
Todos esses pequenos eus formigam, colonizando minha carne 
dessa estranha gente.
Assopra a fumaça morna de velas rezadas
por onde respira o formigueiro que trabalha em mim.
Quero a paz incensada dos templos.
De todos os tempos:
O imemorial.
Licença Creative Commons
Este trabalho foi licenciado com uma Licença Creative Commons - Atribuição 3.0 Não Adaptada.