Olhei seu braço.
E os olhos se agarraram à força para evitar o abismo.
Traindo visão e vertigem,
minha mão se abriu para acertar o caimento do cabelo sobre a sua testa,
como se meus dedos pudessem acertar o fio da história,
desfazer a teia que nos mantinha suspensos
e suspensas as perguntas em nossos ouvidos.
Da queda
fui ao chão crescer enraizada na planta dos meus próprios pés
toda flor
sempre viva
eu o vi maior do que nunca,
aquele a quem acenei com a mão.
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